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Janeiro: fazer algo pela primeira vez e aprender a ser flexível



       Creio que todo mundo em algum momento da vida já ouviu alguém falar sobre como  é gostoso fazer algo pela primeira vez, ou perguntando quando que foi a última que fizemos algo pela primeira vez. O mês de janeiro, sem dúvidas, e` um mês longo e para o hemisfério norte, frio e escuro. E foi nesse mês que fiz duas coisas pela primeira vez: fui a um jogo de hóquei e entrei para academia. O primeiro foi graças ao convite de uma amiga querida, e o segundo, o convencimento em terapia de que precisava fazer exercícios para o bem do meu corpo e da minha mente.
      é muito gostoso fazer algo pela primeira vez, principalmente quando não se tem aquela expectativa de ficar tentando pensar em como tudo será antes de viver a experiência, e só ir e viver tudo na íntegra. Foi assim com o jogo de hóquei, e tive uma noite surpreendente.
      Sobre entrar para a academia; não posso dizer que gosto, que estou super empolgada, só estou mesmo indo porque entendo que preciso. Principalmente após ter quebrado a tela do meu celular tentando (e falhando) usar um dos aparelhos (tudo bem que não é culpa da academia, e’ minha mesma, mas você entendeu).
        E toda essa história com a academia me faz pensar no quanto preciso aprender a ser flexível comigo, que coisas novas levam tempo, de ajuste, de aprendizado e até de se gostar. O que não  é fácil quando se aprendeu a ser uma pessoa que se cobra demais, que é inflexível consigo e assim, acaba sendo com os outros também, sem perceber, muitas vezes sem dar o benefício da dúvida, ou simplesmente esperando e estendendo ao outro esse padrão tão alto, entendo que no fim do dia, ninguém consegue dar conta de tudo 100% das vezes, ninguém que começou a fazer algo novo acaba se saindo muito bem logo no início, às vezes planos são cancelados, ou até nem chegam a acontecer, e que bom que seja assim, porque nos mostra o quanto não estamos no controle, e que em alguns momentos, precisamos mesmo enxergar o copo meio cheio.
          Talvez seja loucura pensar que a ida a um jogo de hóquei e entrar para a academia renderia tantas reflexões, mas a vida  é assim. E para quem presta atenção, consegue encontrar lições e significado em muitas coisas. Até nas mais comuns. 


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