Ter para onde voltar, relacionamento
Não sei se aquele conselho de não tomar nenhuma decisão
séria quando se está muito feliz ou triste vale em se tratando de textos. Não
que eu esteja triste, pelo contrário. E quis escrever pra compartilhar algumas
coisas, e essas do coração, como sempre.

Começo dizendo que depois que me envolvi com missões,
depois de ter entendido que esse é o meu chamado e vocação muitas coisas
mudaram, outras clarearam e há uma frase que aquece meu coração nos dias de
dúvidas que faz parte do refrão de uma música, diz assim: Só quem sabe onde
está consegue ver o fim da estrada mas ainda há muita coisa para andar aqui. E
menciono os dias de dúvidas porque eles existem, ainda mais quando não se foi
por completo, como no meu caso. Mas outra coisa que aprendi é que não podemos
ser parcialmente missionários (e cabe aqui qualquer coisa pela qual Deus tenha
te chamado para fazer aqui na Terra, embora todos sejamos missionários porque
espalhamos a boa notícia de Jesus) e mesmo que ainda não tenha chegado minha hora
de ir integralmente não deixo de ser, é que ainda há muita coisa para andar no
meu “aqui”.
A vida com Jesus é realmente uma aventura e exige tudo de
nós, porque primeiro exigiu tudo dEle e se temos parte em sua glória temos
parte no seu sofrimento, que é aquela coisa de negar-nos diariamente e carregarmos
nossa cruz. Mas o mais importante dela não é o ir e nem o fazer, é o ser, o
estar. O relacionamento. Só podemos ir quando conhecemos pelo quê estamos indo,
só podemos oferecer o que temos, e o que conhecemos. Por isso que tudo começa
quando conhecemos Jesus de forma íntima e pessoal. Porque é a partir daí que a Vida em abundância
começa, pois ELE é a própria abundância. Não tem muito a ver com o fazer e o
acontecer porque de nada adianta tudo isso se o que é verdadeiramente importante
é esquecido no processo. E a questão é que é e sempre será sobre Jesus.
Estou dizendo tudo isso porque acabo de voltar de outra
campanha missionaria de férias com crianças e adolescentes, de vê-los
conhecendo Jesus para fazê-lo conhecido depois. De vê-los entregando Bíblias de
casa em casa, compartilhando de quem Jesus é e do que fez por eles e neles. E
parei algumas vezes só para observar, os meus momentos preferidos durante esses
dezoito dias eram os que sentávamos para compartilhar meditações da palavra,
como tinha sido o evangelismo, como estavam sendo esses dias para eles. Onde eu
pude contemplar e fazer todas essas reflexões.
Sendo tudo isso dito, ou melhor, escrito posso contar de
onde saiu tudo isso. Estávamos no último culto com os meninos em que eles
dirigiram e a líder da instituição missionária que faço parte, pregou sobre
missões, evangelismo sobre a importância da gente IR E FALAR SOBRE AQUELE QUE
NOS AMOU PRIMEIRO. Sem medo, sem reservas, só ir. Seja indo literalmente, ou
seja ficando (no trabalho, em casa, família e os etcs...) mas anunciando que é chegado o Reino de Deus até nós. Só que isso
só acontece porque temos relacionamento com Jesus, porque o mais importante do
ir e falar sobre Ele é primeiro conhecê-lo.
Não sei você mas quero cada vez mais conhecê-lo. Para torná-lo
conhecido. Não quero ficar de fora do que ele está fazendo. Espero que você
também não.
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