Fevereiro não promete nada e entrega tudo: 28/29 dias que passam rápido. Mais uma vez, vivemos o segundo mês do ano que, mal começando, já vai lançando logo 10 dias e, quando se percebe, já estamos na última semana. Foi um mês curto, breve e cheio de acontecimentos.
Celebrei o meu segundo Dia dos Namorados, namorando. Por essas bandas de cá, é celebrado no dia 14/02. O que, na real, é uma grande bobeira, porque essas datas comemorativas quase sempre têm um fundo comercial que acaba tirando um pouco da graça. O gostoso mesmo é viver o dia a dia: a mensagem que chega de surpresa ao fim do expediente perguntando como a vida me tratou, como foi aquela reunião no trabalho ou se consegui ir para a academia. Dia dos Namorados é quando posso passar um tempo de qualidade com o fofinho estando no mesmo espaço geográfico (quem namora à distância vai entender ainda mais o que estou falando). E essa reflexão vale para todas as outras datas comemorativas. Não sou uma pessoa amargurada, ok? Celebramos esse dia também, ainda que com toda essa coisa do comércio que nos faz gastar dinheiro.
Também foi o mês em que vi dois amigos queridos dizendo "sim" um ao outro numa cerimônia linda, brasileira/irlandesa. E, no mesmo fim de semana em que celebrei um dos acontecimentos mais marcantes e felizes da vida, também recebi uma ligação com uma notícia ruim — aquela que todos, estando vivos, sabemos que um dia chegará: a morte de um ente querido. O luto é muito duro e esquisito. Ele chega em dias comuns, quando estamos vivendo coisas banais ou fazendo tarefas simples e corriqueiras. Ele chega acabando com tudo, soprando para longe todas as distrações, trazendo à tona o que realmente importa. O luto é o precursor do perdão, do abraço, dos "eu te amo" que muitas vezes ficam guardados por medo, vergonha ou receio. Ele chega trazendo dor, lágrimas, sofrimento, mas também a sabedoria que a Bíblia tão bem relata quando diz que “melhor é visitar uma casa em luto do que uma em festa, porque naquela se vê o fim de todos nós”. Mas a vida é assim: encontramos o conforto que, graças a Deus, nos é enviado, e seguimos em frente. Perguntando-nos pelo que, de fato, temos vivido, e se vale a pena gastar tanta energia em coisas que, no fim, não valem um neurônio perdido.
A vida é agora: para celebrar, amar, sorrir e até gastar dinheiro numa data comercial. No fim, a vida é um sopro. É dádiva divina viver e fazer o melhor que podemos, com a vida que recebemos, no tempo que se chama hoje.
P.S. Quero dedicar este texto à minha família, que passa/passou por um momento difícil com a perda da tia Gigi. Todo meu amor e apoio neste luto sofrido e repentino.
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