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O Cristão na pós-modernidade: Não negar princípios ou ser conveniente?

 Esse ano eu vivi algo muito difícil, e compartilho nesse post como um testemunho. Não é para nenhuma glória minha, porque tudo foi e é a respeito de Jesus.
Sempre professei a minha fé em Jesus de forma pública. Mesmo quando eu não falava que era cristã as pessoas sempre acabavam sabendo. Durante o ensino médio eu comecei a exercer meu chamado de forma mais intensa, evangelizando através de cartinhas, células, e com o blog que surgiu nessa época também.
Até que no último ano do ensino médio eu comecei a sofrer certo tipo de hostilização e preconceito por ser cristã. Ouvindo piadinhas, sendo excluída dos grupos de trabalho. E nunca antes eu tinha vivido algo assim.
Mas o que mais me chamou a atenção foi que olhando para os meus outros irmãos em Cristo que conviviam no mesmo ambiente, e até alguns outros conhecidos, eu não os via vivendo a mesma coisa que eu. Depois de certo tempo, eu percebi o que estava acontecendo.
O mundo de hoje, é cheio de  ideologias, quando você expõe suas opiniões já está chamando para um debate, em que poucos conseguem respeitar a liberdade de opinião vigente entre as duas partes. E o que vi foram pessoas negando princípios bíblicos para serem convenientes, aceitos, para não sofrer nenhum preconceito ou hostilização.  Omitindo a verdade da palavra para não sofrer nenhum dano.
Sim, Jesus nos disse para amarmos uns aos outros e sermos tolerantes. Não estou afirmando que devemos ser aqueles que apontam o dedo, dizendo para qualquer um que não vive como nós vivemos que eles vão pro inferno, nem muito menos condenando o pecado alheio porque o seu é diferente, ou não tão exposto.
O que afirmo é que viver o real evangelho de Jesus, esse mesmo que diz para amarmos as pessoas, exige de nós renúncia, danos, sofrimentos. Seremos mal interpretados e perseguidos, é bíblico isso.

Devemos vive-lo amando o próximo, mas entendendo que os princípios da palavra são inegociáveis. Não é um caminho fácil, mas qualquer sofrimento que passarmos por expressarmos o nome dEle, será tão pequeno em comparação ao que Ele sofreu por nós na cruz. Que Deus nos abençoe! 

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