Aqui em casa fazemos café em uma garrafa de um litro e meio. Já tem a receita certa pra não ficar doce demais. Nem sem açúcar. Ou forte mas também não fraco. A sigo sempre quando é minha tarefa fazê-lo. E assim como o café aqui de casa há esse ponto de equilíbrio em todas as coisas na vida de cada um de nós.

Confesso que é uma tarefa árdua pra mim encontrá-lo e saber mediar isso em todas as áreas da minha vida. Mas estou buscando. Essa semana passei refletindo em algo que há tempos pensei mas na hora não dei tanta vazão, e aí ficou no fundinho da mente. Guardadinho. Até vir a tona.
Veio a tona em uma Quinta- Feira a tarde. Resolvi separar um tempo maior pra ficar a sós com Jesus. A gente passa a semana toda fazendo tanta coisa, e eu até consigo mediar e sempre tirar aquele tempo pra orar, ler a Bíblia e ter um tempo com ele. Mas as vezes acontece do meu coração sentir fome por mais. E aí eu faço isso. Programo um tempo maior. Uma tarde inteira. Ou manhã. E noite. Às vezes até a madrugada. O meu horário preferido. E aí surgiu uma pergunta em minhas orações: Como que a gente encontra esse equilíbrio em não ser alguém religioso e escravo disso mas também não alguém que é libertinoso? Liberdade e libertinagem são coisas diferentes. Então como eu consigo ser alguém livre e não escravo da minha própria liberdade? Por que my friends, a liberdade tem um limite. E o limite é saber que ela tem limite. É saber que o outro conta também. É pensar que ser livre é não ser escravo nem do "posso todas as coisas" porque entra em crivo o meu respeito por mim mesmo. Será que essa minha liberdade não tem me feito escrava das minhas próprias vontades? Dos meus próprios desejos? Até onde eu tenho ido achando que sou livre? E pra mim isso pesou. Porque passei e ainda passo por um processo de limpeza da religiosidade. E vez ou outra me encontro escrava dela de novo. E quando penso que sou livre a tanta coisa me pergunto se não estou me escravizando em outra amarra. Será no meu próprio entretenimento? Nos meus relacionamentos? No meu corpo? Aparência? No meu trabalho? No meu dinheiro? Na opinião dos outros? Penso que o equilíbrio dela é saber que determinadas coisas não me convém. Eu posso todas as coisas mas algumas delas não me convém. Porque eu posso me escravizar de novo. Ou posso escravizar o outro.
Ainda não estou totalmente entendida dessa questão. E naquela quinta orei pra que O Senhor me ajudasse a encontrar esse equilíbrio. Assim que encontrar escrevo de novo. Mas aqui deixo meu pensamento inicial: o limite da minha liberdade está em saber que determinadas coisas não me convém. Porque eu me conheço e sei até onde posso ir. Porque eu conheço a forma como me relaciono com Deus e talvez essa liberdade em alguma coisa pode me afastar disso. Dele. E eu não quero me afastar dele. Então eu oro, penso, me pergunto : Até onde vai a minha liberdade pra não me tornar escrava de mim mesma. Do pecado. Do dinheiro....?
Quero ser livre em Deus. Ouvi-lo direcionando os meus passos. E me fazendo seguir o rumo que ele trilhou. Sendo livre até de mim mesma. Para ser livre nEle!
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