Percebi que as palavras que
mais marcam minha vida nas sagradas escrituras, não são as palavras de vitória,
de segurança de vida e coisas positivas, não que seja pessimista ou algo assim,
você vai entender quando eu explicar. São justamente as de exortação, de
alerta, os puxões de orelha. Não que a minha visão sobre Deus seja sobre Ele
ser tirano, rígido... Nada disso. Mas compreendo que ele é justo, soberano e
Senhor de todas as coisas e é exatamente por isso que essas palavras “duras”
são minhas guias para que sirva ao Senhor melhor, do jeito que o evangelho
verdadeiro de Jesus nos ensina que devemos servi-lo.
Sendo assim, trazendo para
um adendo daquele ar de fim de ano em que repensamos tudo o que aconteceu, o
que fizemos ou deixamos de fazer, os sorrisos que demos ou as lágrimas que
derramamos, as metas que no final do ano anterior traçávamos para o novo ano,
esse que novamente se finda e fazendo um paralelo com a história de Jó plus
como foi o meu ano de 2018 é onde quero chegar. Ufa! Que introdução de dois
parágrafos gigantesca, sempre é assim quando quero chegar em um ponto, conto
toda uma história até chegar lá... Vamos lá então.
Esse foi um dos anos mais difíceis
que já vivi- até aqui- minha mãe ficou doente (descobriu um câncer de mama)
muitas outras coisas ruins aconteceram em um intervalo de tempo muito curto,
poderia descrever como o tão conhecido efeito dominó, mas foi um dos anos em
que mais aprendi a permanecer, a dar a volta por cima, a compreender que muitas
vezes a minha ótica sobre a bondade de Deus pode estar comprometida com um
coração ingrato e que por isso não consegue enxergar os seus sinais que estão em todos os lugares. Foi um dos anos
em que mais aprendi sobre Ele, seu cuidado, seu amor, literalmente entendi que
minha vida precisa estar fundamentada nEle, na Rocha da minha salvação para
poder enfrentar o vento e as ondas que não abalam a casa que está construída
sobre um firme fundamento. Aprendi que podia andar sobre o vale da sombra da
morte e mesmo assim não temer porque Ele estava comigo no durante e no depois,
trazendo os pastos verdejantes para o meu desfrute.
E é nesse contexto todo que lendo
o livro de Jó compreendi o que sempre me questionei: Se Jó não blasfemou contra
o Senhor diante de tanta tragédia porque que no próximo capítulo que diz isso
ele maldiz o dia do seu nascimento? E sempre pensava nisso, até o dado momento
em que me vi na mesma situação, não praguejando o meu nascimento, mas sendo uma
pessoa que repensa toda uma vida, que está passando pelo pior momento e
questionando a vida, as coisas, entendendo suas certezas para seguramente crer
independente do que estiver no cenário vivido que o meu Redentor vive e que um
dia meus olhos o verão. Que sua sabedoria é infinita e seus planos ecoam para a
eternidade, pois ele é o início e o fim de todas as coisas.
Logo, termino meu ano de
2018 na certeza de que as palavras “duras” da palavra, que as reflexões de Jó e
tudo o que vivi esse ano apontam para a verdade do evangelho: Conhecer e
prosseguir em conhecer ao Senhor que em breve virá, vivendo uma vida comum como
10000 outras pessoas na certeza de que não fui feita para esse mundo, que o Bom
Pastor guia meu caminho, e a oração que o salmista faz em Salmos 139 permanece
sendo tão importante e tão mencionada em minhas súplicas diárias:
“Sonda-me Deus e me conhece,
vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelas veredas eternas.”
Que esse texto abençoe sua
vida!
Imagem- Pinterest
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