Já
faz um tempo que tenho escrito tanto embora não para o blog e acabei por deixar
por quase dois meses de postar algo novo aqui. Não que realmente importe ou que
tenha uma grande audiência, mas sei que para quem vem aqui ler, não importam se
seja 100 ou 3 pessoas, isso importa e é justamente para você que escrevo aqui.
Obrigada por ler meus textos (grande abraço mantendo a distância).
Estava caminhando hoje para resolver um
assunto pessoal e passei por uma casa que estava tocando um louvor evangélico,
e isso me fez rir pois por alguns momentos eu já fiz tanto questão de ser
evangélica, de mostrar tudo isso aos outros que acabei por acreditar que a
aparência de servir a Jesus fosse mais importe do que a intenção de coração,
porque a aparência de nada vale. O meu riso não foi de julgar a pessoa que
ouvia aquelas músicas ou o conteúdo da letra em si, mas do meu ledo engano, de
olhar para trás e ver que as coisas mudaram e graças a Deus por isso.
Então essa questão da aparência me pegou
porque fiquei pensando muito nisso, o quanto que em alguns momentos parece que
a aparência mostra alguma coisa, e na verdade não é bem assim. É como se olhássemos
através de uma vitrine e comparássemos o que já vestimos com aquela roupa ali
novinha, e nem sempre ela quer dizer que é melhor ou que realmente vale tudo isso
que aparenta. A comparação é ilusória e só saberemos realmente com o tempo qual
valia mesmo. As coisas ultimamente não tem valido muito e não me refiro somente
aos preços, se é que você entende o que quis dizer.
Mas não é de preço ou lojas que quero
escrever, é sobre esse engano que o aparente pode nos levar. E o quanto que
isso está ligado ao viver e servir ao Jesus do evangelho. Como assim? Em muitas
ocasiões já presenciei pessoas ao meu redor dizerem que estava perdendo a minha
vida e juventude por seguir Jesus, que não precisava de tanto, que ele entendia
os desejos do meu coração. Em outros momentos me via enxergando pela vitrine a
vida de outras pessoas e me perguntando se o que me disseram poderia ser mesmo
verdade, a grama do vizinho é sempre mais verde, parece que tudo anda mil
maravilhas e que os sacrifícios que tenho feito por tentar viver o real
evangelho de Cristo, não estavam pagando ou valendo a pena.
Que loucura! Que engano bobo e mentiroso,
servir Jesus realmente nos custa e se não tem te custado nada talvez você não
tenha vivido mesmo o que tanto diz pregar. Por que nos custa, custa tempo,
juventude, dedicação, sonhos, nossas vontades, desejos, nos machuca pela luta
contra o pecado, nos priva de nós mesmos. De fato. Mas no fim do dia, no fim da
luta, no fim da vida a gente entenderá que o preço que parecíamos pagar, não
poderia nem em um milhão de anos se comparar com a glória que foi/será revelada
em nós. A vida que a gente vive é muito mais do que esse mundo tem a oferecer,
é além, ela não termina aqui numa estimativa tão curta de dias. O fim é só o
começo, foi para a eternidade que fomos feitos.
Sendo assim, quando pensamos por essa
ótica a gente entende e percebe que todos os sacríficos a que me referi não são
um peso, ou um fardo difícil de carregar como se você não pudesse ser feliz,
aproveitar a jornada e dar boas gargalhadas, não é nada disso. É justamente o
contrário, é pensar no que me disseram e poder responder ainda que mentalmente:
Parece que estou perdendo minha vida, meu tempo, que toda essa luta e batalha
não tem compensado, mas no fim do dia eu sei para quem vivo, para onde estou
indo e só nEle é que há vida de verdade, alegria, paz, amor, justiça e redenção.
É só nEle que eu posso rir mesmo na dor, no luto e no sofrer.
É só em Jesus que eu posso encontrar a luz
no fim do túnel e perceber que nada, absolutamente nada vale a pena sem Ele,
cada lágrima que cai, cada dor do coração, cada batalha vencida e perdida
contra o pecado e o inimigo das nossas almas vale a pena, pois nós temos sim
parte no sofrimento de Cristo e por isso é árdua a jornada, mas nós também temos/teremos
parte em sua vitória, e Ele já venceu todas as coisas. Ele é o início e o fim
de todas elas. O que era, é e há de vir, e enxugará dos nossos olhos toda
lágrima.
Aproveite a jornada, ria, se divirta,
gargalhe, mas com Jesus. Viva pelo real e não pela aparência, porque a
aparência deste mundo PASSA. A vitrine, a grama do vizinho não é mais verde,
você não está perdendo sua juventude ou o que quer que seja, você está ganhando
todas as coisas.
Respire, olhe para o autor e consumador da sua
fé e continue. Vale a pena esperar, vale a pena obedecer, vale a pena viver todo
o propósito que Deus estabeleceu desde a fundação do mundo para os seus escolhidos.
Continue crendo. A jornada não acaba aqui. Deus é eterno e ele oferece
eternidade. Vamos juntos!
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