Acredito que superestimamos o nosso
primeiro amor pelo Senhor. Tenho refletido muito nisso. No quanto o consideramos
o melhor, o mais precioso, mais forte do que parece o que temos hoje em dia.
Particularmente não acredito que ele seja isso tudo mesmo. E tenho alguns
pontos a considerar:
O primeiro deles, é que sim, entendo que
esse primeiro amor parece o mais forte e o melhor porque de certa forma, ele é
despretensioso, mais intenso, mais generoso. Não pensa muito. Apenas se entrega.
Em um primeiro ponto até concordo que ele seja tudo isso.
Mas a questão é que ele não dura, não é
firme o suficiente para permanecer depois de uma tempestade. Não é maduro o
suficiente para ser exortado, confrontado, posto à provas. Sim, no plural, provas,
porque na caminhada de um cristão prova é o que não vai faltar. Então esse
primeiro amor é fraco, sentimental demais, carnal demais. É aquela mesma coisa
com a paixão, todos dizem que ela passa, mas o amor, assim como Paulo escreveu,
tudo sofre, espera e suporta. O amor jamais acaba. A paixão não.
A paixão não está pronta para superar o que
parece insuperável, já o amor sim, porque ele nós construímos, dia a dia.
Superamos, crescemos, aguentamos firmes, oramos, entendemos em Deus o que
precisa ser entendido e caminhamos. Vamos em frente. Custe o que custar, venha
o que vier. E isso meus amigos, não é para qualquer um. Não é qualquer amor que
aguenta. Somente um muito firme, muito seguro, bem estabelecido, que tem raízes
firmes, fortes. Que sabe muito bem onde está e por quem está, é que pode
permanecer.
Sendo assim, no início de uma caminhada ao
lado do Senhor esse primeiro “êxtase” não é o que nos faz continuar. Porque não
é forte o suficiente para permanecer após os embates da vida. Talvez o que
possamos pensar que seja melhor no início de nossa caminhada com o Senhor do
que é hoje em dia, seja a novidade, a fome e a sede em conhecer ao Senhor que
parece diminuir dia a dia, mas é aí que o amor entra, porque ele permanece
mesmo quando não é tão empolgante assim mais. Ele nos traz responsabilidade e
maturidade.
Quando olhar para o início de sua caminhada,
não pense que aqueles foram os seus melhores momentos ao lado do Senhor, porque
a vida acontece no hoje, e Deus é um Deus de novidade de vida, que nos deu vida
e esta em abundância. Então, não se conforme, não pare. Busque ao Senhor hoje,
não ache que você já sabe de tudo, que não há mais coisas novas a descobrir
sobre o Senhor, porque há. Construa sua vida ao lado dEle. Desenvolva sua
salvação com temor e tremor ao lado dEle. Busque-o de todo coração. Ame-o de
todo seu entendimento. Se entregue sem reservas. E lembre-se: conhecer Jesus já
é ter vida eterna. Sua ressurreição nos traz esperança de uma vida eterna. E
isso não deve ser um entendimento fúnebre, mas uma realidade do cotidiano!
Se relacione com o Senhor. Ele está perto.
Ele é perto! O melhor amor é o de hoje. Será que você pode mesmo pensar e ver
isso refletido em sua vida? Se não, peça ao Senhor para ajudar a construí-lo.
Porque sem Deus não conseguimos. Não podemos obedecer à Deus sem Deus. Não
podemos amá-lo sem Ele.
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