Pular para o conteúdo principal

Podemos mudar o mundo, quem disse que não?

Fomos levados a pensar que somos pequenos para mudar o mundo e a sociedade, o que não é verdade. Não pode ser! Por um lado compreendo que muitas vezes por sermos somente pessoas falhas e cheias de defeitos, não podemos fazer coisas grandiosas que transformem tudo e todos de forma imediata, mas acredito que mesmo sendo só seres humanos, podemos transformar realidades, impactar o mundo e mudar o rumo que nossa sociedade tem tomado.
A vida não é só sobre conquistar coisas, realizar sonhos, constituir família e morrer. É muito, além disso, você não é um enfeite, não é só mais um. Tudo bem, somos muitos habitando um único planeta, mas cada um de nós é essencial para algo, nascemos com um propósito que é maior do que somente existir. Há uma boa obra a ser realizada em e através de nós. 
Não só os grandes revolucionários que puderam (e podem) mudar o curso de tudo, nós também podemos. Cada um, a nossa maneira, com aquilo que sabemos fazer de melhor e que não se restringe somente a nossa vida, mas fazer algo pelos outros, viver além do que buscar seus próprios interesses.
Lembro-me da primeira vez que doei sangue, estava tão empolgada como se tivesse realizando um grande sonho, e em parte, era isso que meu coração sentia mesmo. Sempre quis mudar o mundo de alguma forma, e naquele dia o mundo de alguém seria mudado por um gesto tão simples e quase que obrigatório.Não é nobre fazer algo pelos outros, mas da forma que temos vivido hoje, até as gentilezas que deviam ser uma obrigação nossa como seres vivos, viraram matérias de jornais. Ser honesto e devolver algo que não seja seu quando se acha na rua por acaso, é algo de se admirar e isso devia ser normal. Não que esteja excluindo que sejam gestos bonitos, realmente são. Mas viver em amor é fazer isso todos os dias, sem esperar nada em troca.
Quando me recordo do que Jesus fez por mim e por todos na cruz, compreendo que a obra redentora dEle não acabou ali, a cruz foi o começo. Jesus transforma vidas hoje, e Deus em sua abundante misericórdia usa pessoas falhas e pecadoras em ações que levam o mundo a ser mudado, e isso é incrível. Conhecer a Jesus e torná-Lo conhecido, essa é a minha missão e sem sombra de dúvidas eu creio nisso.
Hoje quando penso no futuro, minha maior preocupação não é se eu terei casado, constituído uma família, ganhado dinheiro ou qualquer coisa do tipo (não que sejam irrelevantes), mas a minha maior curiosidade é saber onde terei chegado, se fiz o que tinha de fazer, se os propósitos pelos quais eu nasci se cumpriram, se eu fiz algo para mudar a minha sociedade, mesmo que realizando ações que alcançaram somente a parcela do universo que meu espaço vivido permitiu. Que essa também seja sua preocupação, não se conforme somente em viver, mas em ser um grande transformador (a) de ambientes e situações. Com Deus realizamos proezas!

"A ardente expectativa da criação, aguarda a manifestação dos filhos de Deus."
- Romanos 8:19

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Rute e Ester, mulheres que viveram por um propósito

 Olá amigos, não sou muito de compartilhar as meditações que faço ou leituras bíblicas e achei isso um desperdício, então hoje estou aqui escrevendo as meditações e coisas que aprendi com a leitura dos livros de Rute e Ester. Gosto muito de ler as histórias das mulheres na Bíblia, de onde vieram, o que fizeram, como viveram e como sempre houve espaço para elas nas sagradas escrituras quando Deus é/foi o Senhor de suas vidas.  Antes de prosseguirmos gostaria de explicar as categorias ou questões que procurei responder com a leitura dos livros, que foram dividas em: Contexto, propósito do livro, temas e as aplicações/lições que aprendi. Minha Bíblia é a de estudos da mulher então para cada novo livro há uma folha de introdução respondendo todas as questões sobre o livro em si. Vamos lá? Rute: Contexto: Começa e termina em Belém, na cidade de Moabe (terra que se originou pelo incesto entre Ló e sua filha mais velha). Propósito: Relacionamento quotidiano de uma família comum....

Sobre ser mediano, ócio e a espera no escuro

Estive pensando recentemente o quanto não somos preparados para sermos medianos, normais, diria até que ordinários, no sentido de ser comum. Hoje em dia queremos ser vistos, ouvidos, ter uma rede social que bombe de engajamento, ou simplesmente nos disseram que a gente tinha que ser o melhor, ir além da medida, trabalhar tanto, e não é a toa que estamos lutando com tantas doenças no âmbito psicológico/ emocional hoje em dia. E me vi pensando isso sobre mim. Porque preciso sempre pensar que algo muito grande vai acontecer na minha vida? Que Deus tem uma GRANDE OBRA (coloquei em caixa alta para dar enfâse) para realizar? E essa obra está sempre pra se realizar, quando na verdade toda essa coisa grande é feita de tantas outras tão pequenas, como li uma vez no livro da Anne de Green Gables. Na verdade essa grande obra está acontecendo todo dia, no percurso, na vida que é vivida e feita de instantes.  E não me entenda mal, não estou querendo dizer que não devemos fazer ou querer o melho...

É dentro dos relacionamentos que a vida acontece

As duas maiores lições que tenho aprendido ao longo desses dois anos aqui em Belfast, na Irlanda do Norte, tem a ver com pessoas; hospitalidade e relacionamentos. Tudo bem que as duas coisas estão interligadas, mas nem sempre é óbvio. Só pode existir relacionamento se houver mais de uma pessoa envolvida, e só pode haver hospitalidade se existirem um anfitrião e um hóspede.  Ao longo desses dois anos e acredito que bem antes disso, tenho me percebido tornar-me uma pessoa menos extrovertida, mais reservada ainda e mais seletiva, introvertida, mas ainda assim amo estar com as pessoas, mesmo que depois tenha que descansar em silêncio e sozinha, no fim também me recarrego estando ao lado das pessoas. E refletindo hoje sobre isso, entendi que a vida acontece dentro dos relacionamentos, sejam eles quais forem. Pois é no relacionamento com o outro que somos moldados, exortados, animados, amados e confrontados, e é bom que seja assim. Deus nos livre de uma vida sozinha, centrada no eu. Que ...