Vaidade
Amo a escrita, pra quem me conhece sabe que isso não é segredo pra ninguém, mas tem uma hora em que ela se torna limitada. E são nesses momentos em que sinto que existem frases, palavras dentro do meu coração como se estivessem tatuadas, querendo ser expressas mas retidas pela incapacidade de serem expostas, e desejo imprimir meu coração em uma folha de papel. Daí me vem à recordação do Espírito que O Senhor sonda meu coração, e essa necessidade absurda de colocar tudo em um papel some, por entender que Ele já me ouviu.
Também amo e procuro escrever cada linha, cada palavra
para que quem as leia tenha a impressão de estarem me ouvindo falar, como se
fosse uma conversa. Nesse texto,
especificamente desejo que elas saiam dessa forma, como uma conversa nossa.
Vaidade é a palavra que tem estado na minha mente há
alguns dias, tenho pensado e repensado ela. Em seu significado amplo e etimológico
que é a qualidade do que é vão firmado sobre uma aparência ilusória. Ou, o
adjetivo de quem gosta muito de se arrumar e ter esse cuidado consigo. Quero
que agora quando você pensar em vaidade logo venha a sua mente, pelo menos
durante o tempo em que você lerá esse texto, aquilo que está firmado sobre uma
aparência ilusória. Calma, já vai fazer sentido o que estou querendo dizer.
Sempre tive dificuldade de aparecer, e eu sei que hoje
isso parece nem ter sido verdade algum dia na minha vida, mas foi e em alguns
pontos ainda é. Tinha muita dificuldade de estar sob luzes, ou de ser o centro
das atenções, quando apresento um trabalho ou falo de forma evidente, embora
não pareça por ser uma pessoa muito comunicativa que adora apresentar trabalho
e explicar o que sabe. Existe essa timidez aqui dentro. Mesmo que não seja tão
aparente. E lembro-me de uma passagem da palavra sobre a candeia não ser
escondida e sim colocada em um lugar que possa iluminar tudo. Já escrevi sobre
isso aqui. Sempre tive medo da vaidade do meu coração, de onde ela pudesse me
levar. Por isso sempre preferi estar onde só o Senhor me enxergava.
Não queria e nem quero ir para a luz, sair do “escondido”
onde só Ele me enxerga, por medo do meu coração trair o Senhor. Querendo os
elogios, os aplausos, a admiração ou ser considerada mulher de Deus ou qualquer
coisa. Não quero a evidência se em algum momento meu coração se esquecerá de
que toda honra e glória é somente ao Senhor. E que se existe algo de bom, vem
dEle. Por que toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do Pai das luzes. Não
quero ser referência para ninguém se não ser algo notável que a maior
referência é Jesus, que eu sou só o barro, e Ele é o maior artífice, Oleiro.
Não quero ser uma cristã soberba que se acha cheia do
Espírito Santo por que o outro a tem como referência ou a admiram prefere ser
uma cristã do quartinho anônima, conhecida só pelo Senhor. Agora, se for para
ir para a luz, para evidência e referência, como muitos irmãos na fé que
desempenham esses chamados com tanta humildade e reconhecimento da glória de
Deus, se meu coração sempre lembrar a mim mesma e a todos, que não sou nada sem
Jesus.
Entendeu aonde eu queria chegar? É sobre essa vaidade que
tenho pensado. Compartilho agora desses pensamentos acumulados com você, espero
que te edifique. Um beijo!
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