Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor-Romanos 7:24-25
Escrever é uma terapia pra mim. E para todo mundo que escreve, eu acredito. Não entrarei nesses méritos. Quis começar com a escrita porque ela tem sido uma forma de pôr para fora o que já não cabe aqui dentro. Muitas vezes escrevo com lágrimas nos olhos, com o coração sorrindo de tanta alegria e em outros momentos bastante séria com muito a refletir para mais de mês.
Hoje é um dia desses. Tenho vivido um tempo de introspecção tamanha. Sou da galera, bastante falante mas o mais íntimo do coração fica sempre bem guardado. O por trás do sorriso. Do silêncio. Ando pensando e ponderando o muito que foi trazido ao meu prato. Aprender Inglês (continuo na jornada) libras, Espanhol, a faculdade, o trabalho... Relacionamentos. É muta coisa na vida da gente. De todos. Eu sei. Não acho que é difícil só para mim. Creio que todos estão passando por lutas. Cada um sabe de si.
Há dias em que fico cansada de mim. De passar tanto tempo comigo, se é que já sentiu isso. De procurar dormir porque hoje você está cheio de si. E não do jeito arrogante. Ah, você entendeu. Enfim, os piores momentos tem sido olhar para dentro de mim e ver o que há ali. E meu amigo, não são coisas boas. Me despi da prisão da religião que diz que temos que ser uma pessoa melhor, nossa melhor versão e não, nunca seremos bons. Nada é bom em nós. E são nesses momentos mesmo em que fico cara a cara com o cru do eu. E não quero fazer esse texto a respeito de mim. É sobre essa depravação e uma luta que pareço perder sempre sobre buscar a Deus. Amá-lo. Ter comunhão e seriedade em afirmar que vivo o evangelho.
Tem muita coisa errada. Temos muito o que repensar sobre o que andam falando sobre Deus por aí. Sobre quem Ele é e os que dizem que vieram em seu nome. Sei que Paulo já nos exortou com a carta à Timóteo sobre falsos profetas, mestres e todas essas coisas.... Mas é exaustivo combater o falso evangelho.
Como já disse tenho refletido sobre muita coisa e sei que no momento todas essas coisas são para mim. Pro meu modo de viver. O que preciso mudar não é no mundo, primeiro é em mim. Não sou essa pessoa boa, legal, e até fofa na visão de alguns. Não. Tem muito que é ruim. Podre. E é com esse lado que estou em luta.
Penso que já fui melhor do que sou hoje, na vida de oração, na comunhão com o Senhor. Sei que não sou mais essa pessoa e que olhar para trás é retrocesso. E que o que conta é o daqui pra frente. Mas é difícil não competir com essa memória. E não fui chamada a competição. Fui chamada ao relacionamento. A antes do fazer, ser.
Tudo isso é uma tentativa, um grito de que o processo está sendo longo. E todas essas linhas juntas e o tanto de outros textos que estão salvo nos rascunhos do meu e-mail, e mais um monte de escrito no meu diário, formam uma oração que eu poderia traduzir a: Senhor, ajuda-me. Sabes o quanto falho, perco o rumo, as estribeiras, choro, sinto medo de me perder de Você. Pondero e tenho horror ao pensar que afirmo com todas as letras que te sirvo, mas será mesmo? Será mesmo? Tem muita coisa errada no mundo mas é o meu mundo interior que precisa de mudança. De mais do Senhor. De santidade. Eu não sei viver o que você me chamou a viver mas sei que não me chamastes para estar só ou cruzar essa linha sem sua companhia. E que por mais que pense que não sirvo pro teu evangelho continuas a me lembrar que foi para os doentes e os sem valia que viestes. Estou aqui. Vou continuar. Vamos cruzar essa linha de chegada, sei que sua mão me levará até lá.
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